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Tanques para transporte de combustível e água.

Volvo deixa espaço para 2ª marca no Brasil

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Companhia aponta que projeto ainda continua em estudo

A Volvo mantém o suspense sobre o lançamento no Brasil de uma nova marca de caminhões do Grupo, que detém o controle da Renault Trucks, Mack e UD. Há dois anos a companhia anunciou durante o IAA, salão de veículos comerciais de Hannover, na Alemanha, o projeto de vender outra linha de produtos no País. Apesar de até agora a empresa não ter anunciado uma decisão, a estratégia tem sido posicionar a marca Volvo em patamar cada vez mais alto, deixando espaço livre para uma gama de veículos mais leves e talvez mais simples e baratos.

A medida mais recente da empresa neste sentido foi o lançamento da nova geração dos caminhões da linha F, que chegaram com uma série de melhorias e com preço salgado, 20% superior ao da linha anterior. Com a promessa de redução de custos da operação, a montadora não espera que as vendas se retraiam por causa do preço maior. Ainda assim, talvez fique ainda mais desafiador para a marca conquistar market share no Brasil, objetivo declarado pelo presidente da companhia para a região, Roger Alm.

O lançamento da nova linha com significativo incremento na tabela acontece cerca de um ano depois de a Volvo começar a vender no mercado local o FH16, caminhão mais caro do País, com 750 cv de potência, apresentado durante a Fenatran 2013. O modelo chegou aos clientes com preço de R$ 1 milhão (leia aqui). A companhia garante que a demanda surpreendeu e talvez essa tenha sido a prova para a marca de que o mercado brasileiro poderia absorver mais tecnologia e preço.

Bernardo Fedalto, diretor comercial da Volvo Caminhões, confirma que a montadora está reforçando o posicionamento premium, mas é arisco ao comentar a possibilidade de uma nova marca para o mercado brasileiro. “Ainda estamos estudando. Precisamos garantir que o investimento se pague nos próximos anos”, explica. Ele assegura que a demora na decisão é natural no processo e não está relacionada ao ritmo menor do mercado brasileiro em 2014. “A queda das vendas não afetou nossos planos.” Fedalto explica que a companhia trabalha para garantir que o investimento seja certeiro porque “uma vez decidida a chegada de uma nova marca não podemos voltar atrás.”

Outro desafio para lançar outra linha de caminhões seria a produção, já que a fábrica de Curitiba (PR) começa a ficar apertada para as ambições da marca. Apesar de ter 1,5 milhão de metros quadrados, grande parte da planta é área de preservação ambiental. Nos últimos anos a companhia investiu para modernizar a unidade, ampliar a capacidade e, mais recentemente, para iniciar a fabricação dos novos caminhões da linha F. A Volvo executa no Brasil plano de investimento de US$ 500 milhões de 2013 a 2015 somado a um pacote adicional de US$ 320 milhões apenas para 2014.